quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DIA DO POETA

QUERO HOMENAGEAR AQUI O POETA NO SEU DIA
(20 DE OUTUBRO)


Poeta é aquele que faz versos, que escreve poesias.

A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, uma forma de linguagem. A poesia é uma linguagem verbal criativa. Uma arte de escrever em versos. Uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos.

Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.

Vamos aproveitar este dia e lembrar alguns dos poetas brasileiros:
  • Carlos Drummond de Andrade
  • Cecília Meireles
  • Fernando Pessoa
  • Manuel Bandeira
  • Mario Quintana
  • Vinícius de Morais

  • Adélia Prado

Segue uma linda definição sobre o poeta pelo grandioso Fernando Pessoa:

O poeta é um fingidor/ 
Finge tão completamente/ 
Que chega a fingir que é dor/ 
A dor que deveras sente./ 
E os que lêem o que escreve/ 
Na dor lida sentem bem/ 
Não as duas que ele teve/ 
Mas só as que ele não têm/ 
E assim nas calhas de roda/ 
Gira, a entreter a razão/ 
Esse comboio de corda/ 
Que se chama coração

Fernando Pessoa

Fonte: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/20-outubro-dia-do-poeta.html

BOM, PUBLICO TAMBÉM DOIS POEMAS QUE FIZ HÁ ALGUM TEMPO:  


ALMA DE POETA


Apesar da “loucura”,
encanta-me esse desejo nato de sonho
da alma do poeta.
Essa coragem nata de captar
imagens, sensações
e escrever, e recriá-las,
e gritar pelas praças:
— Vejam, eu não sou daqui!

 30 de outubro de 2003


O POETA

O poeta, certamente, não entende de física ou química,
portanto não participou da criação da bomba atômica, 
apenas cantou a "rosa de Hiroshima",
o que em nada diminuiu a dor daquele instante,
nem a maldade dos homens.

O poeta, certamente, não procura lançar na fatura do final do mês o preço do bouquet de flores que deu a sua esposa em seu aniversário,
mas sabe um pouquinho o valor de colher as flores no jardim ele mesmo e presentear a sua grande amante.
Portanto, embora não tenha o mínimo controle de suas finanças, entende um pouquinho de sentimento.

O poeta, certamente, não usa o raciocínio lógico-matemático.
Não entende de números, nem de política econômica,
apenas um pouquinho de métrica,
portanto não participou da elaboração das metas impostas pelos países poderosos aos do terceiro mundo.

O poeta é assim:
sabe sem saber
e sem saber,
sabe mais.
Escreve ao doce-amaro
sabor do vento. 



GOSTEI TAMBÉM DESTE, DE ADÉLIA PRADO.


AMOR FEINHO

Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho. 

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