Meus poemas




Dedico esta página a publicação de alguns dos meus escritos poéticos, que também refletem, em certa medida, a espiritualidade cristã católica, a qual Deus escolheu pra minha vida.



AS DORES DAS MULHERES DO MUNDO


Vejo as dores das mulheres do mundo
Mesmo as que riem, choram
São Claras, Marias, Naras, Sofias
São mães, avós, são tias, Das Dores
Muitas vezes choram sobre as flores.
Por mais fortes que sejam, choram
Mãe das mães, leva suas lágrimas no odre sagrado,
apresenta a teu Filho amado,
como os filhos de todas as mães do mundo,
filhos cujas drogas roubaram de suas mães,
filhos bandidos, marginais,
filhos assassinados, crimes brutais
filhos pequenos, jovens, especiais
Mulheres que choram as dores de um mundo sem amor,
Mulheres abandonadas que choram por seus
parceiros, mulheres mãe e pai,
Vejo as dores das mulheres do mundo
Saudade, apreensão, angústia, solidão,
Mães de crianças em hospitais
Mãe das mães, olhai 
e vede as dores das mulheres do mundo.
Mãe das mães, rogai.


Ethel, 30 de junho de 2012




B                   Um falar único
    A                   indissoluto
        B                  Uma só língua
           E                   universal
               L                      Quando se desfará a babel?
                                                  Um dia talvez
                                                   uma só expressão
                                                   um só pensamento
                                                   Tudo em todos
                                                   e todos num só.
                                                  Como será?
                                                Não se pode sondar o insondável
                                             até que ele mesmo se desvele.
                                          Quando será?
Ethel, 22 de junho de 2012

O SENHOR
ELE É AQUELE QUE É

O INOMINÁVEL

Meu Deus e Senhor meu, 
em tuas mãos está o meu destino, a minha vida.
És a Presença Escondida.
Não estás.
Estás.
No silêncio de minha alma, a minha volta.
Teus raios de luz me cercam. Inundam o ambiente. Inundam-me.
Preenchem os espaços vazios. Penetram as trevas espessas.
A ti, nada é oculto.
Nada foge ao teu olhar, porque tudo vês, tudo sondas, tudo perscrutas.
É infindo o mar da tua misericórdia e do silêncio em ti.
Em ti, a paz infinita.

Ethel, 31 de agosto de 2011

Por quê?

Conseguimos tantas vezes destruir o que há de melhor dentro de nós?

Por quê?

Fazemos tudo o contrário do que deveríamos fazer?

Por quê?

Essa sucessão de erros?

Por quê?

Não deixamos fluir o amor?

Por quê?

Temos tanto medo de sermos apenas homens, de sermos nós mesmos na essência de DEUS?

Por quê?

Nos afastamos tanto da luz?

Por quê?

Nos deixamos enganar pelo ego, pelo orgulho, pela arrogância, pelo egoísmo?

Por quê?

Temos tanto medo da entrega total?

Por quê?

Fugimos da felicidade?

Por quê?

Não vivemos um dia de cada vez?


Ethel, 11 de agosto de 2011




Minha carta pra Jesus neste Advento

Hoje é dia 12 de novembro.
Se aproxima o Advento.
Acho lindo esse nome: A-D-V-E-N-T-O.
É o que ele anuncia que me fascina.
Depois vem o Natal.
Hoje estou triste. Não me sinto bem.
Fiquei pensando no Natal que o Advento também
anuncia. Já tava triste, fiquei mais ainda.
Sei que não devia ficar, pois é o nascimento do
Menino Deus,
nosso Rei, que celebramos.
Mas é que eu dei uma olhada a minha
volta e dentro de mim mesma, e não gostei do
que vi.
Eu senti muito a sua falta, Jesus.
Senti sua falta no trabalho,
senti sua falta nas ruas,
senti sua falta na falta que senti de amigos
verdadeiros,
senti sua falta em casa, na minha família,
na maioria das famílias,
senti sua falta nas conversas,
senti sua falta nos relacionamentos interpessoais,
senti sua falta na grande solidão que
assola o mundo inteiro,
senti sua falta nas confraternizações de final
de ano que acontecem em todo lugar.
Fiquei triste de saber que você vai estar
lá de novo, na mangedoura, que tudo que você
passou vai ser lembrado de novo, mas, de novo,
as pessoas vão fazer pouco caso e, talvez,
crucificá-lo de novo, quando você crescer e atingir
seus trinta e três anos.
Sinto sua falta, por que você já veio, e foi embora,
e não voltou mais. O ADVENTO me enche de
esperança, mas quando chega o Natal, e vejo que
você ainda não manisfestou plenamente a sua glória,
eu fico triste, porque eu sinto demais a sua falta.
Eu sei que preciso segurar a peteca, mas é difícil...
porque você me faz falta demais.
Me faça sentir de novo a alegria de ser salvo,
meu Jesus, para que pule de alegria os ossos
que você mesmo triturou.
Eu estou sentindo muito a sua falta, Jesus.
Perdoe-me se me apresso e digo isto:
mas... volte logo Senhor JESUS.

Assinado, Ethel

12 de novembro de 2010



JESUS

Tu és o brilho dos meus olhos ao te olhar
És o meu sorriso ao ganhar um beijo teu
Quando em teus braços me acolhes
O meu corpo inteiro estremece

JESUS

Tu estás oculto no fundo de mim mesma
És o desejo mais profundo da minha alma
O meu querer, a minha fome de plenitude sem disfarçar
A fonte de minha alegria, o meu sonhar

JESUS

Estás a minha volta, és o meu guia
És o meu luar em plena luz do dia e o sol que brilha em minhas trevas
És a minha pele, a minha proteção, o fogo que aquece a minha alma
É o perfume do teu amor que me inebria

JESUS

És minha saudade reprimida
Minha alma sangra quando me afasto de ti,
Grita de dor
Ao se ver distante de teu amor

JESUS

Tu és meu eu, o amado da minha alma
Meu céu, minha calma
Tu és o meu tudo, o meu poder
Em ti, o meu nada é preenchido
És minha vida, só em ti meu eu pode SER.

9 de novembro de 2010



A dança da poesia

Ontem
a poesia era quadrada,
dançava na tela.
A poesia flutuava,
bailava no ar.
Ontem
a poesia se expressava na cena
das gaivotas voando sobre o mar.
Ontem
a poesia se exprimia
nos corpos, nos seus esforços,
desafiando a lei da resistência.
Ontem
a poesia falava nos corações,
nos pensamentos e devaneios.
Hoje
a poesia se concretiza
neste poema que agora se cristaliza.

Maio de 2010


À virgem de Siracusa

SANTA LUZIA,
INTERCEDEI POR NÓS JUNTO A VIRGEM MARIA
PARA QUE CAIAM AS ESCAMAS DOS OLHOS DA HUMANIDADE
E ELA POSSA VER A VERDADE!

23 de maio de 2010